saudades (?)

Todo mundo aqui já deve ter lido, com toda a certeza, esses textos que se encontram por aí na internet, falando de amizade, de como o tempo passa rápido, de mudanças, enfim, um escambal de temas melosos, próprios para serem usados em coisas como homenagens, mensagens, etc. Mas acontece que, por mais clichês que eles possam ser, eu percebi hoje que cada um deles possui um pouco de verdade por trás daquelas frases prontas. Cada mísero texto daqueles é um pedacinho de verdade, de uma verdade que dói.
Não sei por que, mas hoje eu fui ler uns scraps antigos meus, de quando eu iniciei no orkut, mais ou menos do meio de 2005 pra frente. Mas o bicho pegou mesmo em 2006, um dos melhores anos da minha vida até agora, se não tiver sido o melhor.
Ver cada scrap de cada pessoa lá, scraps que me davam uma saudade, uma nostalgia e, na maioria dos casos, uma tristeza profunda.
Dói ver aqueles recados de dezembro de 2006 e saber que agora eu não recebo mais um recado de "Te amo e é pra sempre" todos os dias da Carol, ou não receber um recado todo dia da Larinha falando que quer falar comigo no msn e que me ama do "tamanho do univelso", ou da Jéssika dizendo que nós vamos na Vicale à noite, ou do Cayo dizendo "churros, kbelo, capacete", ou mesmo da Eduarda me chamando de anjo.
Que saudade de sair pra andar à toa na cidade numa sexta feira de tarde e ir ver o pôr-do-sol na cobertura do mercado do Godoy. Que saudade de ficar sentado nos degrais de entrada da locadora Fox esperando alguém alugar um filme e torcendo para que fosse da Cameron Diaz. Que saudade de sentar na Vicale e pedir um milkshake de ovolmaltine. Que saudade de pagar o milkshake da Stella porque o Cemy não o fazia. Que saudade, saudade de tudo isso.
As pessoas e as situações mudam. A Carol encontrou o amor da vida dela, fazem meses que nem sequer troco uma palavra com ela, a Larinha mudou de cidade, e com isso não saímos mais na turma das meninas, e assim a Jéssika não me avisa mais pra onde vamos sair. De todos, talvez o Cayo e o Cemy foram os únicos que o contato não diminuiu, e que nós ainda nos divertimos muito.
Mas à medida que algumas pessoas se ofuscaram, outras ganharam mais brilho e por isso eu não posso reclamar da vida que tenho hoje, de forma alguma. Mas dói e dói muito saber que em 2006 eu nunca, jamais, nem nos meus pesadelos mais horríveis, que dali a dois anos eu teria perdido a amizade de certas pessoas.

Quero, antes de encerrar a postagem, deixar claro que não pretendia desmerecer ninguém aqui, apenas expressar meu saudosismo. E por fim, obrigado a todos aqueles que contribuíram pra minha felicidade, obrigado Larinha, Roberta, Carol, Cemy, Cayo, Eduarda, Leonardo Mustafé, Felipe Giovani, Mateus, Aurélio, Jéssika, Kamila, Ítalo, Stella, Tamara, Ana Lydia, Luís Felipe, Augusto, Maria Ortência, Jacqueline, Petúnia, William, Angélica, entre alguns outros.
Se meu ano de 2006 foi bom, eu devo muito a vocês, mesmo que nem tudo tenha terminado bem ou da forma que eu gostaria.

Agora, como um homem não pode se ater ao passado, gostaria apenas dizer a todos aqueles presentes aqui na cidade, que aproveitemos o resto de ano que me resta para colocarmos 2008 na minha memória, e se possível na de vocês também.

Não vou revisar porque tou com preguiça.
Se você leu isso tudo, obrigado! =)