− Você vai escrever algo com carros e mulheres de quarenta anos. – ela acusou. Ele riu e coçou a nuca, acuado.
− É assim tão claro? – mordeu os lábios enquanto rodava o gelo na bebida com o indicador. A resposta foi um balançar afirmativo de cabeça. Ele deu de ombros. − Talvez seja, de fato. Talvez eu não tenha escolha...
− Você prefere pensar assim.
−... Ou talvez eu escreva algo com vampiros adolescentes e ganhe dinheiro. - ambos riram, mas apenas ele se preocupava em não conseguir escrever mais nada. Ela sabia que, eventualmente, sairia alguma coisa violenta, temperada com sexualidade e explosivos e, quem sabe, obsessivamente melancólica daquela cabeça emperrada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário