segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Era uma vez em 1985...

Bret Michaels, Bobby Dall e Rikki Rockett, os três atuais membros da banda Poison, formada em 1982 com o nome de Paris, aguardavam o próximo candidato a ocupar o posto de guitarrista, já que Matt Smith saíra.

- Muito obrigado, entramos em contato - disse um exasperado Bret enquanto dispensava mais um candidato. - Isso aqui nunca vai acabar... - completou, esfregando as mãos no rosto, morto de tédio.

- Próóóóóximo! - gritou o baterista Rikki e um silêncio tenso tomou conta do local, enquanto os três esperavam mais outro guitarrista que não sabia nem o que era um Sol Maior e se surpreenderam quando um cara mal encarado, com um cigarro pendendo da boca grande e um farto cabelo preto, mais armado do que bandido em dia de tiroteio, postou-se na frente deles, já ligando a guitarra no amplificador mais próximo. O Poison trocou olhares intrigados, indagando quem diabos era aquele cara. Por fim, Michaels disse:

- Ei buddy, nome? - o cara só deu uma olhada de soslaio, tirou o cigarro de boca e, enquanto passava a correia da guitarra pela cabeça, murmurou. -Slash.




Isso aí. Pra quem não sabe, o senhor Slash compareceu às audições do Poison para substituir o guitarrista Matt Smith, que estava na banda desde sua fundação em 1982. Entretanto, C.C. DeVille acabou ficando com a vaga. Se DeVille era um guitarrista melhor que Slash? Não creio. E independente disso, o sonoro "NÃO" que Slash recebeu não foi devido à sua habilidade (ou falta dela) como guitarrista, mas sim pelo fato de ter sido considerado feio para a banda. Isso aí! Feio! (Risos)
Pode parecer estranho, mas assim que se analisa melhor um pouco a situação, não é tanto assim. O Poison sempre foi caracterizado pelo visual apelativo do Glam oitentista, com maquiagem pesada e cabelos armados com muito hairspray. Dá pra imginar o Slash lá? Não mesmo. E mesmo que C.C. não fosse nenhum exemplo de beleza como, por exemplo, aquele que vos escreve (Mais risos), ele fazia bem mais o estilo da banda.
Negado pelo Poison, Slash ocupou a vaga que era de Tracii Guns e assim fez fama com o Guns n' Roses, banda que juntamente com outras como Mötley Crüe e Skid Row, não vão com a cara do Poison. Se não me engano, Sebastian Bach uma vez chegou a dizer, quando perguntado sobre a possibilidade de uma turnê com o Poison, que só fazia turnês com bandas realmente boas (ou melhores que a dele, algo assim).

Agora, vamos supor umas coisinhas...

E se o Slash tivesse sido aceito?

Provavelmente, C.C. DeVille nunca sairia do anonimato e tanto Poison como Guns n' Roses não conseguiriam alcançar o sucesso que tiveram, ou caso conseguissem, seriam pelo menos um pouco diferentes da forma que os conhecemos hoje. E isso poderia afetar uma outra banda: L.A. Guns, fundada pelo carinha aí de cima, Tracii. Talvez essa última nem chegaria a existir e hoje nós não teríamos clássicos como Sex Action, Rip and Tear, I Wanna Be Your Man, The Ballad Of Jane, entre outras. E tudo isso trabalhando com relações mais diretas, sem levar em conta as várias pessoas influenciadas por essas bandas em suas formações tradicionais. Talvez nem tantos garotos iriam pedir uma guitarra de natal se o Slash usasse dois quilos de maquiagem ao invés de sua cartola e solasse uma guitarra rosa ao invés de sua Les Paul tradicional.


Então, antes de sair dizendo que tal banda não devia nem ter existido, que não faria falta nenhuma, pense bem! Isso poderia acabar desmantelando uma de suas bandas favoritas, ou acabaria afetando você mesmo!

2 comentários:

  1. ASIEOAISEHOIAEHOIHAEOIHAS Mas apesar de tudo o Posion provou que nao eram apenas rostinhos bonitos...


    E aproveitando a deixa imagine o mundoo sem Calças Jeans em nosso cotidiano antes de criticarem os Beatles... ASOEIHASOIEHOASIEHOIASE

    ResponderExcluir
  2. É .. o que seria de GNR sem Slash? Sem aquela cartola .. aqule cigarro na boca, aquele cabelo de quem não penteia a semanas *o*

    Guns <3

    ResponderExcluir