domingo, 5 de agosto de 2012

Uma máquina chamada Hard Rock #1



                Já faz um tempo que eu planejava escrever algum artigo sobre o hard rock. Como é um assunto muito amplo, evidentemente, era preciso escolher um nicho para servir de tema principal da discussão. E o  revival que o estilo vem experimentando nos anos 2000, em especial de 2005 para frente, saltou aos olhos. Ainda assim, eu possuía – e ainda possuo – algumas dúvidas sobre o tema, sobre o que falar e o que deixar de fora. Existem muitas bandas que eu ainda preciso ouvir com atenção para poder emitir algum parecer, para poder classificar o som e, no fim das contas, para poder opinar de forma coesa a respeito do quadro geral que vem se pintando agora no segundo ano da segunda década desse novo milênio. Mas, de qualquer forma, foda-se. Essa é apenas a primeira edição de uma série de artigos de opinião que eu pretendo manter para acompanhar o estilo e fazer algumas observações sobre o que eu tenho visto e ouvido. Antes, contudo, de partirmos ao assunto principal, preciso fazer alguns alertas:
                Primeiro de tudo, eu não sou músico nem produtor. Não espere termos técnicos ou avaliações pormenorizadas sobre o desempenho de este ou outro cidadão. O que eu gosto mais de fazer, entretanto, é me atentar em algumas avaliações sobre os lead singers, que é onde eu me sinto mais à vontade para comentar. Ainda que com não muita sapiência.
                Segundo: se você discordar de alguma de minhas afirmações, por favor, comente and let's exchange ideas!
                Terceiro: o estilo de escrever isso aqui é caracterizado pela falta dele. Vou digitando a partir de uma coisinha chamada ‘fluxo de consciência’, o que quer dizer que à medida que as ideias me vem em mente, eu as transcrevo. Por isso, peço-lhe bastante atenção durante a leitura para as coisas não ficarem muito confusas.
                Tendo isso dito, vamos passar ao que realmente interessa. À primeira edição de uma Máquina Chamada Hard Rock.

                O foco dessa primeira edição será algo que tem martelado minha mente de forma constante para ser escrita. A nova cena do Hard Rock. Há uma série de coisas que eu necessito comentar e mais um monte de bandas que merecem considerável destaque, então, mãos à obra. Aliás, quero citar aqui que, nessa edição, não vou abordar bandas consagradas que ainda lançam álbuns de inéditas. Esse não é o objetivo desse post, okay? Maybe some other time.

                É extremamente difícil precisar quando exatamente o revival dos anos oitenta começou a acontecer durante a década dos two-thousand. Talvez, dizer como a cena original da Strip teve seu início seja mais fácil. Ou talez isso se deva apenas ao fato de que os 80s são o quando no qual tenho maior familiaridade. O mundo novo do Hard/Glam rock ainda é pouco explorado por mim, o que me deixa, de certo modo, feliz e empolgado.
                De qualquer forma, há quem diga que  essa nova geração do hard rock tenha sido iniciada pelo Steel Panther e seu estilo despojado de trazer os 80s de volta ao desbocar e satirizar a década. Eu, contudo, não creio que isso seja uma verdade completa. O Steel Panther iniciou sua carreira em 2009. Nesse ponto, já existiam uma série de atos muitíssimos relevantes para a nova-cena respirando a plenos pulmões. Alguns já haviam até morrido.
                E isso me leva a falar, primeiro, do The Darkness. Eu sei, eu sei, é uma menção duvidosa, mas já me explico. O Permission To Land é de 2003, e, muito antes dos comediantes do Steel Panther firmarem solo na mídia, os irmãos Hawkins já traziam uma postura um tanto quanto debochada para o rock n roll. Já ostentavam roupas espalhafatosas, cabelos compridos e vocais tão agudos que poderiam ser executados por um golfinho, além, claro de um vocalista bem andrógeno. Como enquadrar músicas feito Black Shuck, Get Your Hands Off My Woman e, até mesmo, a famigerada I Believe In A Thing Called Love em outro estilo que não o bom e velho Hard Rock oitentista?  Talvez a influencia do The Darkness às novas bandas do hard/glam possa ter sido limitada, mas isso não os impede, de forma alguma, de figurarem como um esforço valioso dentro dos novos atos que compuseram e compõem a ‘nova-cena’.

                                         The Darkness. Cabelinhos mais longos, bandana e lycra! Mas nada, herm, classic 80s.      


                Próxima banda que eu devo comentar dentro da nossa nova-cena é outro ato que já se dissolveu, Deus sabe lá até quando, e que, também, surgiu antes do primeiro álbum dos panteras de aço. Dirty Penny, um grupo de posers (e, por favor, atenção ao significado original da expressão ‘posers’, sim?) da Califórnia. Ao contrário do Darkness, eles apresentam, abertamente e dentro das propostas da banda, a intenção de ressurgir os anos oitenta. Os cabelos, as roupas e os temas das canções (Midnight Ride, Hot & Heavy, Push Comes to Shove, Scream & Shout, e outras) são nitidamente oitentistas. Os garotos do Dirty Penny se constituiram, também, num dos principais representantes da nova geração que tem se firmado em meados dos anos dois mil pra cá. E, dessa vez, por ‘nova geração’, não me refiro apenas aos roqueiros. É quase que um fenômeno universal no cenário atual do nosso show business: a geração de rapazes esculpidos na academia e de garotas de beleza impecáel. Músculos trabalhados, barrigas tanquinho e um rosto de deixar qualquer pré-adolescente embasbacada. Veja bem: por mais que, nos 80s, Nikki Sixx, Paul Stanley e cia tivessem lá seu apelo sexual às mulheres, nenhum deles possuía um torso trabalhado como um artista de cinema feito os novos ‘astros’ como Binge Daniels (Dirty Penny) ou Ollie Hermann (Reckless Love). O Hard Rock não permanece alheio às mudanças da sociedade que lhe cerca, quer para o bem, quer para o mal. Para ilustrar melhor o que eu quero dizer, basta comparar a nova versão do seriado Dallas, exibido pela Warner, com sua versão original, que foi ao ar durante os 80s.
                Continuando (logo volto a comentar sobre as bandas, não se preocupem). O que é que as divas pop, e mais um monte de artistas de música eletrônica, usam sem dó nem piedade para domesticar os vocais e acrescentar um efeitozinho ‘dahora’ adicional? O autotune. Trata-se de um aplicativo que promete corrigir os desafinos da voz e domesticá-la ao tom da canção. Isso resulta numa sonoridade artificial e que,algumas vezes, pode ser aproveitada de boa maneira em uma ou outra música. O Crüe chegou a fazer isso com o nosso querido e gordinho Vince Neil (Só checar a Anarchy in the UK do Carnival Of Sins para compreender o que eu estou dizendo). E algumas bandas dentro do novo cenário do hard rock têm apelado para isso, ou, ao menos, apelado para resources tecnológicos capazes de maquiar a voz. Sou completamente contra, claro. O hard oitentista sempre foi caracterizado por vocalistas excelentes, de técnica e alcance invejáveis. Se a tessitura da voz é restrita, não há nada de errado em fazer um hard rock com uma voz menos rasgada e mais comedida. Bret Michaels que o diga! Agora, descaracterizar o vocalista como os rapazes do Dirty Penny fazem em algumas canções, como é o caso da Midnight Ride, é algo feio, muito feio! A ânsia de obter vocais altos pode estragar o timbre e destruir alguma coisa que, se a natureza fosse respeitada, soaria bem bacana.
                Contudo, de uma forma ou outra, Dirty Penny foi um esforço extremamente válido. Os rapazes possuíam qualidade e energia para erguer a bandeira do hard rock oitentista. Pena que a banda se dissolveu após o segundo álbum, datado de 2009. Um dos guitarristas toca, agora, com uma banda chamada Wildstreet. Infelizmente, ainda não tenho como dizer nada a respeito dela.
  

                Agora, ainda mantendo-nos na safra que surgiu depois de2005, vamos passar para o rock n’roll “nórdico”. Quero comentar sobre três bandas em especial: Crashdîet, Wig Wam e, claro, a minha adorada, maravilhosa, genial, Reckless Love.
                Dirty Penny. Crüe com os cabelos do Crashdïet, não?        

                Pessoalmente falando, a história do Crashdïet é a história de sua decadência. Já explico por quê.  A banda sueca é, com certeza, um dos maiores representantes do Sleaze Rock dos dias de hoje. Mas afinal, que merda é Sleaze Rock? É só um bando de posers com o cabelo um pouco mais arrumadinho e um pouco mais de maquiagem e que substituem todos os ‘ck’ por ‘kk’ e todos os ‘S’ por ‘Z’? Quase isso, heh. Brincadeira. O Sleaze Rock é uma vertente do Hard Rock oitentista que foi, meio sem querer, fundada por bandas memoráveis como Faster Pussycat, Pretty Boy Floyd e Tigertailz (tá vendo o ‘Z’ aí? É, pois é!). O sleaze puro e simples é como uma fusão do punk rock, hard rock e o estojo de maquiagem da Victoria’s Secret da sua irmã. E, ultimamente, a maioria das bandas que têm surgido com a intenção de resgatar o hard rock, se autoqualificam como Sleaze. Os próprios garotos do Dirty Penny denominaram seu primeiro álbum como ‘Take It Sleezy”. Acredito que isso se deu, em grande parte, por influência dos rapazes do Crashdïet. Não é necessariamente um problema, mas pode vir a ser por motivos que eu ainda comentarei posteriormente. Por enquanto, apenas voltemos ao Crashdïet.
                Os caras começaram de forma extremamente promissora, com um álbum de 2005 de nome Rest In Sleaze. O vocalista Dave Leppard era quase que a alma da banda. Havia algo realmente distinto no som, no espírito. Ouvir canções como Queen Obscene 69 Shots e Riot In Everyone é um verdadeiro boost na alma, uma verdadeira dose de empolgação. Contudo, o Dave se matou.

                Foda né? E você aí que achava que esse negócio de rockstar se suicidar era coisa do grunge.

                Pois é. Mas o Crashdïet não largou os pontos. Em 2007, veio um álbum novo com os vocais rasgados do Ollie. Ainda um vocalista meio ruinzinho, sob o nome de Olliver Twisted, o louro que liderava o Reckless Love assumiu o posto de frontman do Crashdïet, que era uma das bandas mais quentes do momento. ALIÁS, como já disse, acredito que o Crashy teve uma influência tremendamente importante na força que o novo movimento do hard rock ganhou. Basta observar e ouvir as novas bandas. Sem dificuldades, você encontrará uma série de influencias vindas dos sleaze rockers suecos.
                De qualquer forma, em pouco tempo, o Ollie abandonou os caras do Crashdïet para cuidar mais da sua banda de origem (aaah, o Reckless Love...). O álbum no qual ele participou, The Unattractive Revolution, data de 2007. Há uma série de músicas ducaralhu, mas aí já se nota a tendência à repetição do sleaze rock. O som das guitarras torna-se enfadonho, tudo no sleaze parece me cansar com o tempo. De qualquer forma, ainda é um álbum excelente. O problema veio com o gigante de moicano do Simon Cruz no álbum seguinte, Generation Wild. Simon não sabe cantar muito bem. Se a performance do Crashy ao vivo nunca foi lá essas coisas desde que o Dave se foi, o fundo do poço foi o Cruz. Não que ele seja ruim de verdade. É meia boca. Mas todo o Crashdîet parece não mais dar à mínima para a forma com a qual eles soam ao vivo. Claro que eu estou sendo extremamente tendencioso aqui, mas para poder exemplificar o que eu quero dizer, basta assistir à performance da banda no SWU de 2010 aqui no Brazil. Enfim, em outro post, eu falo mais profundamente dessa banda tão relevante para o cenário atual.


                                                                  Crashdïet com o Simon (acima) e com o Ollie (abaixo).


                Okay. O que mais da europa nós temos? Vou pular bandas feito Backyard babies aqui, porque eles merecem um post um pouquinho diferente (viu só como há um monte de posts e um monte de assuntos a serem discutidos, huh?). Vamos falar do Wig Wam.
                O WW foi uma das primeiras bandas dessa nova geração que eu ouvi. E uma das melhores. Porque a sonoridade não é repetitiva como no sleaze, os caras simplesmente mandam um rock n roll honesto e cheio de vontade, cheio de criatividade e qualidade. Não há como ficar decepcionado ouvindo Wig Wam, porque oito de cada dez canções são um hino em potencial. Acredito que eles mereciam mais reconhecimento e atenção do que realmente recebem. Trata-se de um rock muito divertido. Impossível ouvir sem dar um baita de um sorriso. O problema é que, talvez, eles sejam satíricos demais, muito voltados para a área do Steel Panther. E muita gente hoje quer ver esforços que realmente acreditem na volta do hard/glam dos 80s. Vejam bem, existem duas abordagens paralelas aqui nessas novas bandas: a sátira e a forma ‘séria’. The Darkness, Steel Panther e, em menor proporção, Wig Wam enquadram-se na categoria da sátira. É uma forma interessante de por os 80s de volta em evidência, com humor auto-depreciativo, caindo nos clichês de forma proposital, usando-os ao seu favor. Outra banda que fazia isso com maestria, mas sem adotar o visual espalhafatoso, foi a estupenda Big Cock, liderada pelo atual (e excelente) vocalista do Warrant, Richard Mason. O problema é que, dessa forma, alguns fãs do estilo podem torcer o nariz e não levar a banda a sério. Como disse, algumas pessoas anseiam por ver esforços de verdade, pessoas que estejam, de fato, acreditando no que cantam e fazem.
                Dentro da outra abordagem, estão atos como Reckless Love, Crashdïet, Dirty Penny, Blackrain, entre várias outras. Aliás, o número de bandas com essa proposta parece estar aumentando bastante nos últimos anos. Talvez até o final dessa década, nós tenhamos uma cena bem forte e bacana rolando. O problema, contudo, de levar a coisa a sério (e veja bem: não é levar a sério ao ponto de se tornar chato. O bom humor, como característica fundamental do hard rock oitentista, não é perdido! O sentido de se levar a sério aqui é não fazer algo escrachado e irônico, celto? Celto.) é resvalar no humor involuntário. Ou seja, cruzar a fronteira do ridículo, abusar dos clichês e fazer uma coisa ruim e sem qualidade. Exemplos? Uma banda de hard rock sérvia chamada Clyde. Outro exemplo? Os cariocas da Lionheart.

Wig Wam. Não parece meio exagerado? E esse caubói sadomasô aí?!

                                                                           Steel Panther. Again, a little bit 'over'.

                Okay, o artigo está ficando bem maior do que eu imaginava. Sem problemas. Já estou na reta final. Comentarei sobre duas outras bandas e pronto. Uma que já se firmou no cenário internacional e a outra que está lançando o primeiro álbum agora em 2012.

                Reckless Love. Como vocês já devem ter percebido sem grandes dificuldades, eu nutro especial afeição por essa banda. Lembro-me muito bem da sensação de ouvir o debut homônimo de 2010, de passar faixa a faixa maravilhado e contagiado pela energia dessa banda sensacional. Apesar da estada do Ollie no Crashdïet, não havia semelhanças importantes com esta. Mesmo os vocais de Ollie estavam diferentes, sem o drive. Limpinhos, melhores. (Aliás, sua performance ao vivo tem melhorado constantemente! Cheers). Canções como One More Time, Feel My Heat e Born To Rock retratam com precisão a alegria inconsequente dos 80s. Badass, Beautiful Bomb e Wild Touch jogam os tradicionais temas de sexo e de mulheres unbelieavably hot na mesa. E o que dizer de Back To Paradise? Uma música que facilmente poderia figurar dentro daquelas coletâneas de “O Melhor dos Anos Oitenta”. Dos sintetizadores à bateria, tudo nessa música é um acerto. E o álbum ainda apresenta canções mais lentas – como não poderia deixar de ser – só que sem cair em letras melosas e repetitivas. Destaque especial para Romance, muito provavelmente a canção cuja letra me soa mais trabalhada. Devo, contudo, ressaltar que, via de regra, as letras do RL são apenas ‘mais do mesmo’, com uma ou outra exceção. Mas se lhes faltam um letrista feito Tom Keifer ou Nikki Sixx, a banda compensa em outros quesitos.
                Okay, okay. Chega de babação de ovo, agora vamos descer a lenha um pouquinho. O segundo álbum do Reckless Love conseguiu manter o nível da banda lá em cima? Não! Existem muitas músicas que estão ali só para encher linguiça, canções pouco criativas ou inspiradas. Mas isso é normal. O que importa é que ainda há aquilo que nós queremos ouvir da banda, o estilo não se perdeu e os garotos continuam a fim de festa. Músicas como a que entitula o álbum, On The Radio, Coconuts e Born To Break Your Heart são excelentes e poderiam até mesmo figurar no primeiro disco da banda, se este já não estivesse saturado de boas canções. O problema que eu vejo, e que eu tanto temo, para o Reckless Love, é eles se tornarem pop demais. Antes do Animal Attraction sair, quando soltaram apenas o primeiro single (HOT), esse meu medo atingiu o pico. Isso porque, nessa canção em especial, a fusão do pop (ou poop) atual com o hard rock oitentista pesou muito para o primeiro lado da balança. Ainda que uma musiquinha divertida, é, sem dúvidas, uma pop music. E não é por aí, caras! Assim que consegui por minhas mãos no álbum completo, contudo, tranquilizei-me. Resta esperar e torcer para que os próximos trabalhos da banda não decepcionem.

                Agora, para fechar o artigo, vou comentar sobre a melhor revelação de 2012 até agora: Nasty Habit!

                Entrando para as bandas chefiadas por irmãos, Nasty Habit se formou em 2008 e passou por uma série de mudanças em sua formação durante os quatro próximos anos. Agora, com o debut que leva o mesmo nome da banda, eles se constituem numa revelação extremamente bem vinda. O que me atraiu tanto nessa banda? Duas coisas, principalmente: eles parecem ser donos de algo mais, um tempero especial que distingue os atos de sucesso e que se manterão daqueles que apenas ficam mergulhados no mar de mesmice que acompanha cada cenário musical. Possuem letras inteligentes (nem todas, claro) e músicas que saem do mais-do-mesmo (Hip Shakin’ Fox, Misery Loves Company e Strut Your Stuff são meus destaques). Segundo ponto: o vocal. Tommy Ende tem uma cara de dezesseis anos, mas some serious pipes, dude! O timbre me lembra, de certa forma, o grandioso Paul Shortino. E a menção honrosa aqui é que não há (e nem seria necessário) maquiagens excessivas sobre a voz. Porque a maquiagem pesada só deve ser no rosto do lead singer, right? Right.
                De qualquer forma, a banda ainda é nova, os rapazes têm o que amadurecer e melhorar. Mas eu aposto muitas fichas na Nasty Habit, com certeza. Uma das novas bandas que mais me deixou empolgado dentro desse novo cenário.

Spaaaaaandeeeex!!


                Bom, eu sei que faltaram um monte de bandas. Inclusive atos que não são diretamente voltados ao hard rock, mas que possuem um ‘vínculo velado’ com o estilo, como os caras da Hardcore Superstar. Quem sabe eu continue esse tema noutro artigo, mas por enquanto já foi muita coisa, right? Right.
Agora, só para fechar:

                Mesmo que a nova-cena ganhe força, devemos ter em mente que o cenário musical internacional é bem diferente hoje em dia do que era há vinte anos. Desde então, o rock n’roll perdeu força na mainstream. Antes, você não precisava ser roqueiro, você não precisava correr atrás e escavar coisas sobre essas bandas para delas  gostar. Elas vinham até você. Porque essa foi a era mais comercial do rock, seja  bom ou ruim. Pare e pense. Pense num amigo seu que escuta de tudo. Pensou? Okay, agora pense nas ‘músicas de rock’ que ele gosta de ouvir. Pelo menos 70% de chances dessa lista ser dominada por canções dos 80s ou feitas por bandas dos 80s.  
                Hoje em dia, não é mais assim. Quem domina o mainstream? Justin Bieber? Divas Pop? Whatever. O rock n’roll não morreu, claro que não, ele apenas perdeu espaço para outros tipos de música, para outras preferências. Então, como eu estava dizendo, por mais que a nova-cena ganhe força, dificilmente o Hard Rock recuperará o mainstream. Ao menos, não num futuro próximo. Porque o mundo ficou saturado de tanto hairspray e de tanta festa. Apenas agora que a ressaca dos 80s está terminando. Então, quem sabe dentro de mais uns cinco anos, ou talvez uma década inteira, nós possamos assistir ao surgimento de um rock n roll alegre e descompromissado, calcado ná Década da Wasted Generation, huh? Talvez uma versão nova e agressiva dos ‘Maravilhosos Anos 20’ esteja por vir.
                Pois bem, vou me encerrar aqui se não a coisa vai longe.
                Há braço.
               

DEVER DE CASA!

Para ouvir: Bai Bang, Blackrain, Crystal Pystol, Wildstreet, Clyde, Nasty Habit, Dirty Penny, Crashdïet, Reckless Love, Hardcore Superstar.

Para checar: nastyhabitkills.com; blackrain.fr

Para assistir: Hip Shakin’ Fox (Nasty Habit)
Wildboys (Hardcore Superstar)
Scream & Shout (Dirty Penny)
Rockstar (Crystal Pystol)
On The Radio (Reckless Love)
In The Raw (Crashdïet)
Rock Your City (Blackrain)
…and so on…
                 
               
               
 Comentário mais votado: "you guys sounds like from the real 80's not like some sleaze punk shit! rock on!!"

3 comentários:

  1. Muito instrutivo. Aguardo na ansiedade por mais. Gemini Five entra nessa onda ae?

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  2. Sim. O Gemini Five é sueco também, mas tem um som um pouco diferente dos caras do Crashdïet, Crazy Lixx e outras bandas das mesmas vizinhanças. O visual e o som é meio sleaze, mas puxado um pouco mais para área do Hardcore Superstar e, especialmente, do Backyard Babies.

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